1182 [= Tav 85,18]: Juião Bolseiro «Sen meu amigo manh’eu senlheira» [B 1165, V 771]

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B


  Sē meu amigo manheu sēlheyra  
  E sol nō dormē estes olhos meꝯ  
  E quanteu posso peça luz a deꝯ  
  E nō mha da per (nuhla) nulha maneyra  
  Mays se masesse cō meu amigo  
  A luz agora seria migo  
     
  Quādeu cōmeu amigo dormia  
  A noyte nō duraua nulha rē  
  E ora dura noyte uay euē  
  Nō vē luz nē pareço dia  
  Mays se masesse cō meu  
     
  E segūdo comami parece  
  Comigo mā meu lume meu senhor  
  Vē lo g aluz de q̄ nō ey sabor  
  E ora uay noite vē e creçe  
  Mays se masesse cō  
     
  Pater nostrꝯ rez eu mays de cēto  
  Pᵉ aq̄l q̄ moireu na uera cruz  
  Q̄ el mi most’ muj cedaluz  
  Mays mostramhas noites dauēto  
  Mays se masesse cōmeu  

V


  Sen meu amigo manheu senlheyra  
  e sol nō dorme estes olhos meꝯ  
  e quanteu posso peza luz adeꝯ  
  enon mha da per nulha maneyra  
  mays se masesse con meu amigo  
  a luz agora seria migo  
     
  Quandeu cō meu amigo dormia  
  a noyte nō duraua nulha rē  
  e ora dura noyte uay e uē  
  nō uen luz nē parezo dia  
  mays se masesse cō meu  
     
  E segūdo comami parece  
  comigo mā meu lume meu senhor  
  uē lo ga luz de q̄ nō ey sabor  
  eora uay noite uē e creçe  
  mays se masesse cō.  
     
  Pater nostrus rezeu mays de cēto  
  pᵉ aquel q̄ morreu na uera cruz  
  q̄ elmi most̃ mui cedaluz  
  mays mostramhas noites dauēto  
  mays se masesse cō meu.