888 [= Tav 94,15]: Martin Moxa «Per quant’eu vejo» [B 896, V 481]

Transcrición paleográficaImprimir

B


P er quanteu ueio
Perco me deseyo  
Ey coyta e pesar  
sse andou seio  
O cor mestā teio  
Que me faz cuydar  
Ca poys franqueza  
Proeza uenceu escassez a  
Non sey que pensar  
Veia uoleza  
Maleza  
Per ssa soteleza  
O mundo tornar  
   
Ja de uerdade  
Nen de leal dade  
Non ouço falar  
Ca falssissade  
Mentira e maldade  
Nonlhis da logar  
E stas son nadas  
E criadas eauēturadas  
E queren reynar  
As nossas fadas  
Jradas  
Foꝝ chegadas  
pᵉ esto fadar  
 
   
Louuamȳares  
E p̃zenteares  
Am p’z e poder  
E uꝯ logares  
Hu nobres  
Falares  
Soyā dizer  
Veia ongadꝯ  
Deytadꝯ   
Do mundeixer dadꝯ  
E iāsse perder  
Veia chegadꝯ  
Loadꝯ  
Demuytꝯ  
Amadꝯ  
Os de mal dizer  
   
Pela crerizia  
Per quesse soya  
Todo ben reger  
Paz cortesia  
Solaz que auia  
Fremoso poder  
Quandalegera  
Veuya  
No munde fazia  
Muytalgue p̃zer  
Feysse ssa uya  
E dizia  
Cadadia  
Ey de faleçer  
   
Dar que ualya1  
ꝯpⁱa  
Seu tenpo  
Fogra ssir asconder

V


Per quanteu ueio
perzo me deseio  
ey coyta e pesar  
sse andou seio  
o cor mestā teio  
que me faz cuydar  
ca poys franqueza  
proeza uenceu escasseza  
nō sey q̄ penssar  
ueia noleza  
maleza  
per ssa soteleza  
o mundo tornar  
   
Ja de uerdade  
nē de lealdade  
nō onzo falar  
ca falssidade  
mentira emaldade  
nōlhis da logar  
estas son nadas  
e criadas  
en uenturadas  
e q̄ ren reynar  
as nossas fadas  
ir adas  
foꝝ chegadas  
pᵉ esto fadar.  
   
Louua myā tes  
e  zē teates
am z epoder
enꝯ logares  
hu nobres  
falares  
soyā dizer  
ueia longadus  
deytadus  
do munde i xerdadꝯ  
e aāsse perder  
ueia chega dꝯ  
loadꝯ  
demuytus  
amadus  
os demal dizer  
   
Pela crerizia  
per q̄ sse soya  
todo ben reger  
paz cortesia  
solaz que auin  
fremoso poder  
quandalegua  
ueuim  
no mūde fazia  
muytalgue p̃zer  
foysse ssa uya  
e dizia  
cadadia  
ey de falezer  
   
Dar q̄ ualya  
conpria  
seu tenpo  
fogui pᵉssir asconder
  1. ^

    Colocci marcou os versos da fiinda cunha liña vertical á esquerda.