1037 [= Tav 63,45]: Joan Airas de Santiago «O meu amigo forçado d’amor» [B 1033, V 623]

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B


O meu amigo forçado damor
Poys agora comigo quer ujuer  
Hunha sazon seo poder fazer  
Non dormha ia mentre comigo for  
Cada quel tenpo que migo guarir  
A tanto perdera quanto dormir  
   
E quen bē quer seu tēpo passar  
Hu e cōssa senhor non dorme ren  
E meu amigo poys ꝑa m uen  
Non dormha ia ment’ migo morar  
Ca daquel tenpo que migo guarir  
   
E sselha prouguer de dormir ala  
Hu ele p̃zer mha per bōa fe  
₽o dormir tenpo perdude  
Mays ꝑmeu gradaqui nō dormital  
Ca daquel  
   
E de poys q̄ssel dem partir1  
Tanto dor mha quāto qui dormir

V


O meu amigo forçado damor
poys agora comigo quer uiuer  
hunha sazō seo poder fazer  
non dormha ia mentre comigo for  
ca da quel tenpo q̄ migo guarir  
a tanto perdera quanto dormir  
   
E quē ben quer seu tempo p*ssar2  
hu e cō ssa senhᵉ nō dorme rē  
emeu amigo poys ꝑa mi uē  
nō dorma ia ment̃ migo morar  
cadaq̄l tempo q̄ migo guarir  
   
E sse lha prouguer de dormir ala  
hu ele pᵉzermha per bōa fe  
ꝑo dormir tēpo perdude  
mays ꝑmeu gradaqⁱ nō dormira  
ca daq̄l.  
   
E depoys q̄ssel demin partir  
tanto dormha quāto qui dormir.
  1. ^

    Colocci marcou os versos da fiinda cunha liña vertical á esquerda.

  2. ^

    Os dous grafemas iniciais son ilexíbeis debido á rotura que afecta o soporte de escritura. Con todo, a partir da silueta podese conxecturar un <p> inicial.