1281 [= Tav 88,6]: Lourenço «J’agora meu amigo filharia» [B 1265, V 870]

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B


  Jagora meu amigo filharia  
  De mi o q̄ el tijnha por pouco  
  De falar migo ca tātera louco  
  Contra mi q̄ arnda mays q̄iria  
  E ia filharia se meu quisesse  
  De falar migue nūcalhal fezesse  
     
  Tā muytomi dizē q̄ e coitado  
  Pᵉ mi desquando nō falou comigo  
  Q̄ nō dorme nē a sē cō ssigo  
  Nē sabe (desse) dessy parte nē mandado  
  E ia filharia semeu quisesse  
     
  Ca estelome q̄ mays demandaua  
  E nō ar qⁱs q̄ comigo falasse  
  E ora iura q̄ iasse qⁱtasse  
  De grã sandicē q̄ māte falaua  
  E ia filharia semeu quisesse  
     
.I. E iura bē q̄ nūca mi dissesse1  
  Delheu faz’ rē q̄ mal mesteuesse  
     
.II. Ental q̄ comigo falar podesse  
  Ja nō a pᵉyto q̄mi nō fezesse  

V


  Jagora meu amigo filharia  
  demi o que el tunha por pouco  
  de falar migo ca tantera louco  
  contrami que auida mays q̄rria  
  e ia filharia se meu quisesse  
  de falar migue nunca lhal fezesse  
     
  Tan muytomi dizen q̄ e coitado  
  pᵉmi des quando nō falou comigo  
  q̄ nō dorme nē a sen cōssigo  
  nē sabe dessy parte nē mādado  
  eia filharia semeu quisesse  
     
  Ca estelome q̄ mays demandaua  
  enō ar qⁱs q̄ comigo falasse  
  e ora iura q̄ iasse quitasse  
  de gm̄ sandiçēque māte falaua  
  e ia filharia se meu qⁱsesse.  
     
  E iura ben q̄ nūcami dissesse  
  delheu faz̄ rē q̄malmesteuesse  
     
  Ental q̄ comigo falar podesse  
  ia nō a p̃ito q̄ mi nō fezesse.  
  1. ^

    Colocci numerou as dúas fiindas en romanos e marcounas con cadansúa liña vertical á esquerda.