648 [= Tav 47,8]: Fernan Rodriguez de Calheiros «Disse-mi a mí meu amigo, quando s’ora foi sa via» [B 632bis, V 234]

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B


  Dissemhami meu amigo
  Quandossora foy sa vya  
  Que nō lesteuesseu triste  
  E cedo se tornaria  
  E soo marauilhada  
  Por q̄ foy esta Tardada  
     
  Dissemhami meu amigo  
  Quādosora foy daquē  
  Que nō lhesteuesseu triste  
  E Tarda e nōmi uē  
  E soo marauilhada  
     
  Que non lhesteuesseu Triste  
  Cedo se Tornaria  
  E pesami do q̄ Tarda  
  Sabeo sancta maria  
  E soo m̃uilhada  
     
  Que nō lesteuesseu Triste  
  Tarda e nō mi uē  
  E pero nō e cousa  
  Que mel nō q̄ra g̃m ben  
  E soo m̃uilhada

V


Dissemhami meu amigo
    quandossora foy sa uya  
  que nonlhesteuesseu triste  
  e cedo se tornaria  
  e soo marauilhada  
  por que foy esta tardada  
     
Dissemhami meu amigo  
  quando sora foy da quē  
  que nō lhe steuesseu triste  
  e carda e nō mi uen  
  esoo mal uilhada  
     
Que nō lhe steuesseu triste  
  cedo se tornaria  
  epesami do q̄ tarda  
  sabeo sc̄a maria  
  e soo māuilhada  
     
Que nōlhesteuesseu triste  
  tarda1 e nō mi uen  
  eꝑo nō e pᵉ cousa  
  q̄ mel nō q̄ra grā bē  
  esoo māuilhada  
  1. ^

    Resulta difícil identificar as grafías iniciais desta palabra por mor do traspasamento da tinta do verso do folio.