1176 [= Tav 145,4]: Roi Martiinz do Casal «Muit’ei, ai Amor, que te gradecer» [B 1163, V 766]

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B


  Murey ay amor q̄ te gradecer  
  Por q̄ quiseste comigo morar  
  E nō me quiseste dessē parar  
  Ata q̄ uera meu lume meu prazer  
  E meu amigo q̄ se foy ādar a granada  
  Por meu amor lidar  
     
  Amor gradesco mays doutra irē  
  Desq̄ss e/ffoy meu amigo daquy  
  Q̄ te nō q̄seste partir de mī  
  Ata q̄ ueu meu lume meu bē  
  E meu amigo  
     
  Nūca pranderey deti q̄yxume  
  Ca mī fuste demī parado  
  Poys meu amigo foy daquē dido  
  Ata q̄ uem  
  Meu bē ē eu lume  
  E meu amigo  
     
  Poys me quisestes tā bē aguardar1  
  Par deꝯ nō me leixes se migo morar  

V


  Muyte\y/ (mi)2 ay amor que te gradescer  
  por que quisseste comigo morar  
  e nom me quisseste dessem parar  
  ata que uem meu lume meu prazer  
  e meu amigo que se foy am dar a granada  
  por meu amor lidar.  
     
  Amor gradesco mays doutra rrem  
  desq̄sse ffoy meu amigo daquy  
  q̄te nō quisseste partir demin  
  ata q̄ ueo meu lume meu bem  
  e meu amigo.  
     
  Nunca premderey deti queyxume  
  camī fuste dēmi parado  
  poys meu amīgo foy dassuem dido  
  ataq̄uem meu ben emeu lume  
  e meu āmigo.  
     
     
  Poys me quisestes tā bem aguardar  
  por deus nō me leixes sentio omorar.  
  1. ^

    Colocci marcou os versos da fiinda cunha liña vertical á esquerda.

  2. ^

    Cancelado cun trazo de pluma.